O editorial tem
forte referência no Jornal e é a primeira coluna do zine. Há dois
objetivos aqui, um explícito e outro implícito. De um lado, busca dar a
linha conceitual da edição em que será publicado, do outro funciona como
pequenos manifestos do Coletivo Bueiro Aberto que começa a afirmar certa
proposta de cinema, o que chamamos de Cinema de Bueiro.
(Jean Luc Godard e Fraçois Truffaut, realizadores da Nouvelle
Vague e redatores da Revista Cahiers du Cinema)
Vague e redatores da Revista Cahiers du Cinema)
O LONGA INDEPENDENTE
Uma análise de
filmes de longa - metragem produzidos no contexto do cinema independente e
periférico. Sabemos da dificuldade de se fazer um filme sem recursos, por isso,
em geral, optamos por curtas, porém alguns audaciosos se arriscam. Onde estão
esses filmes? Que visão trazem? O que podemos tirar deles para o nosso cinema?
(Cena do filme Luises, o solrealismo maranhense, 2013, direção de Lucian Rosa)
VIDA DE CINEMA
Na estrada que trilhamos pelo cinema de guerrilha, periférico, de quebrada, vivemos diversos encontros, experiências narrativas e processos de criação. Muitas vezes, temos de fazer um cinema de invenção, construindo maneiras de filmar o que queremos mesmo sem muitos recursos de produção. Uma ideia na cabeça, uma câmera nas mãos, apresentamos nessa coluna experiências, estórias, caminhos da nossa vivência em cinema.
(Bastidores do curta "Estrela invisível", 2017, direção Renato Queiroz)
CINEMA BRASILEIRO
CONTEMPORÃNEO
Aqui analisamos
filmes brasileiros da indústria a partir da época da chamada retomada, segunda
metade dos anos 90, quando o cinema nacional saiu de uma grande crise. O nosso
cinema industrial ainda é marginal, considerando os recursos do mercado mundial
e o mercado da distribuição, as salas de exibição continuam sendo monopólio dos
americanos. Mesmo assim, grandes obras foram produzidas no cinema brasileiro contemporâneo.
(Cena do filme "Era uma vez o hotel Cambridge", 2016, direção de Eliane Caffé)
POECINE
Acreditamos na
potência e diversidade da linguagem. Muitos textos no Zine tem formato de
conto-relato das produções. Dedicamos um espaço especial para a poesia que fala
de cinema, poesia também é montagem de imagens.
(O poeta Vinicius de Moraes, que fazia poesias sobre cinema)
ENTREVISTA
Quem são os novos nomes do cinema independente? Vamos atrás de alguns deles, desde aqueles que somam com a gente nos filmes até os que têm mais tempo na caminhada. Todavia, as perguntas não serão simplistas e determinadas, partem principalmente das obras produzidas por cada um dos entrevistados, questões que buscam fomentar uma discussão sobre a linguagem do cinema e sobre nossa visão estética.
(O cineasta de quebrada Lincoln Péricles em entrevista para
o Zine Gueto Metragem, Julho de 2017)
A POTÊNCIA DO
CURTA
Se tem um formato que
o cinema independente consegue uma grande quantidade de produções é o curta
metragem, mais viável, mais acessível. O curta serve sim para uma formação de
quem quer fazer longa, mas não é aí que vemos sua importância, ele é um gênero
autônomo, com uma dinâmica própria.
(A atriz Pâmela Regina em cartaz do curta "Necessidade básica",
2015, direção de Cláudia Isadora e Renato Santos)
OFICINA DE CINEMA
Ao longo das mais de 60
produções que o coletivo Companhia Bueiro Aberto já realizou, partimos de uma
proposta que nos deu o alicerce para por em prática nossas ideias: o aprendizado
contínuo. No
meio desse processo, o diálogo (a troca) se faz essencial. Juntos vamos
conhecendo a importância de cada área. Essa coluna busca compartilhar o
que aprendemos até agora nas áreas de roteiro, direção, fotografia, produção,
direção de arte, som, montagem e por aí vai.
(Bastidores do cruta "Matuto Metropolitano", 2017, direção de Janaína Reis)
QUEM VÊ NOSSOS FILMES?
Depois de todo trampo que é
produzir um filme sem financiamento, começamos outra batalha, a distribuição,
queremos comunicar algo, fazer chegar às pessoas. Talvez este seja o maior
desafio. Aqui, vamos refletir sobre os mais variados meios de exibição que
dispõe o cinema independente, bem como a relação com o público. Temos como base
o desejo de que nosso cinema seja cada vez mais visto, sobretudo nas quebradas.
(Exibição do curta Minhas Composições, 2016, direção de
Renato Queiroz e Daniel Neves)
COMENDO A HISTÓRIA
Quem são nossas referências
históricas? Não existe uma arte pura, totalmente nova, sempre somos
influenciados por movimentos e autores que marcaram a história do cinema
em suas mais diferentes estéticas, nacionalidades, gêneros. A tradição representa
um grande prato que comemos compulsivamente, desde o cinema soviético, a
Novelle Vague, o Neorealismo Italiano, Hollywood, o cinema comercial, o cinema
novo, marginal, pernambucano... Depois do banquete vem a digestão disso tudo no nosso cinema.
(Cena do curta Nelson cavaquinho, 1969, direção de Leon Hirszman)
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